segunda-feira, 28 de maio de 2012


Sabe-se que desde a pré-história, o homem já nadava, seja com finalidades utilitários para recolher alimento, seja em momentos de outras necessidades, como por exemplo, para fugir de um perigo em terra, lançando-se no meio liquido e nele se deslocando.
A arqueologia que há 5.000 anos na Índia, na localidade de Mahenjoara, existiram piscinas com aquecimento, da mesma forma que baixos relevos assírios retratam estilos rudimentares da “braçada clássica”, utilizada por soldados no Eufrates. A própria educação do Egito Antigo, há cerca de 3.000anos, indica a existência de professores de natação para as crianças nobres.
A civilização clássica grega, aponta a presença de associação de provas de natação nos Jogos Istmicos, disputados em homenagem a Poseidon. Com o renascimento a natação retomou seu prestígio e consta que Guths Muths organizou as primeiras competições de natação no mundo moderno.
Na Inglaterra se tem notícia da existência de associações desportivas praticando natação como esporte competitivo desde de 1839, sendo certo que apenas em 1869 surgiu a Associação de Natação Amadora.
Quando se realizou a primeira olimpíada da era moderna, a natação fez parte do rol dos desportos olímpicos selecionados pelo Barão de Coubertim, e, finalmente, em 1908, foi fundada a FINA (Federação Internacional de Natation Amateur). As primeiras competições consistia, apenas no nado de peito clássico.
Os australianos acompanharam a evolução do nado de peito e sua transformação gradativa com os movimentos dos braços fora da água alternandamente (braçadas) e a fusão destas inovações com movimento alternados das pernas no estilo usado pelos nativos de Ceilão. Estas inovações foram observadas pelos americanos nos jogos olímpicos extraordinários de Atenas, em 1906, os quais posteriormente aperfeiçoaram o estilo que veio a ser denominado “craw”. O craw americano somente veio a ser superado pelos japoneses que, nos X jogos olímpicos de Los Angeles apresentaram inovações com o craw japonês e sua braçada dupla. Outros avanços surgiram como a braçada alongada e a respiração bilateral, nos jogos de Berlim.
O nado de peito, a borboleta e o golfinho têm um vínculo histórico comum. O nado de peito somente foi regulamentado como tal após o estilo “craw” tê-lo substituído nas provas de nado livre. Posteriormente foi introduzido o estilo borboleta que, finalmente, evoluiu para o golfinho. Com o surgimento do “craw” o antigo estilo (peito) perdeu sua posição, por ser mais lento. Entretanto, havia interesse em manter o estilo clássico e por isso, foram regulamentadas as provas exclusivas para aquele estilo. Quando surgiu abraçada da borboleta, novamente decaiu o uso do estilo clássico e, isto, da mesma forma que ocorrera anteriormente, fez com que a FINA, por meio de regulamentação especifíca, separasse os dois estilos. Aperfeiçoou-se o estilo de batidas de pernas e ao invés de tesoura surgiu o movimento ondulante do golfinho, razão da denominação do novo estilo.
O nado de costas, inicialmente, tinha por finalidade proporcionar meios de fácil flutuação para descansar o nanador. Somente nos jogos olímpicos de Paris, em 1900, é que surgiu este estilo como forma de competição. Inicialmente os braços eram levados simultaneamente para dentro da água e as pernas movimentam-se de forma semelhante à tesoura a frente. Daí, evoluiu para uma borboleta invertida e, com o surgimento do estilo novo de frente, seus empréstimos técnicos chegaram ao nado de costas, que passou a ser usar os mesmos movimentos de pernas, alternados para baixo e para cima, com os braços também alternados, de trás para frente, em tração de dentro da água e em recuperação foras dela.
Fonte: www.museudosesportes.com.br

Natação do Brasil

A natação do Brasil é um esporte que vem ganhando popularidade no país, à medida que talentos individuais surgem, a modalidade se reestrutura e mais investimentos são aportados. O Brasil participa com a natação nos Jogos Olímpicos desde 1920, juntamente com a primeira delegação olímpica brasileira. Hoje o país conta com nomes de peso em competições internacionais, que trazem um número crescente de bons resultados, como recordes sul-americanos e mundiais, finais e medalhas no Campeonato Mundial e Olimpíadas e torneios nacionais considerados de alto nível, como o Troféu Maria Lenk.




História

A modalidade foi instituída oficialmente no país em 31 de julho de 1897, data em que os clubes Botafogo, Gragoatá, Icaraí e Flamengofundaram a União de Regatas Fluminense, na cidade do Rio de Janeiro, renomeado mais tarde como Conselho Superior de Regatas e, por fim, Federação Brasileira das Sociedades de Remo.[1]
As primeiras disputas ocorriam na Baía de Guanabara.
Porém, antes disso, a primeira competição oficial que se tem registro é a travessia da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Ela ocorreu em uma disputa entre Joaquim Antonio Souza, de 19 anos, de Niterói, e um relojoeiroalemão Theodor John, de 50, no ano de 1881. A cada ano, os dois voltavam a disputar a prova, com cada vez mais pessoas, que aderiam à manifestação esportiva.[2]
Em 1885, quatro anos depois do início das disputas, a primeira piscinabrasileira foi construída às margens do rio Guaíba, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, a qual recebeu o nome de Badeanstalf, ou também basenho, pela Sociedade Ginástica Deutsher Turnverein.[2]
O primeiro Campeonato Brasileiro, na modalidade 1500m nado livre, com o percurso da fortaleza Villegaignon até a praia de Santa Luzia, é disputado em 1898,[3] tendo como campeão Abrahão Saliture. A Federação, localizada em Botafogo, passa a divulgar o Campeonato Brasileiro em 1913, ano em que são disputadas as provas de 100m para estreantes, 600m para seniores e 200m para juniores. Em 1914, o controle do esporte e as competições em território brasileiro passam para a Confederação Brasileira de Desportos.[1]
Em 1 de outubro de 1904, é disputado o primeiro interestadual de natação que se tem notícia. O Clube Espéria, de São Paulo, organizou uma festa desportiva onde possuía uma raia de 350 metros de distância. Abrahão Saliture, competindo pelo Clube de Natação e Regatas, do Rio de Janeiro, acabou como campeão.[4]
Um ano depois, em 1905, iniciaram-se as competições de natação do rio Tietê, em comemoração do aniversário do Espéria, evento que se repetiria até os anos 1920. Entre as disputas de remo, provas de 100 e 350 metros eram travadas. Os grandes destaques dos anos que antecederam a Primeira Guerra Mundial eram Guilherme Schollz, Walter von Kutzleben e José Rubião, mas esses não eram páreo para Saliture, que comparecia como convidado e jamais foi superado. Saliture chegou a participar dos Jogos Olímpicos de 1920, na Antuérpia.[4]



 

Desempenho em Olimpíadas
Nos Jogos Olímpicos de Verão, os nadadores brasileiros fazem sua estreia juntamente com a primeira delegação nacional a participar dos Jogos, em 1920, na cidade belga da Antuérpia. A delegação, devido ao desconhecimento de técnicas, estilos e da própria piscina olímpica fez com que vários atletas brasileiros desistissem da disputa. Somente Orlando Amêndola e Ângelo Gammaro - que também integravam a equipe de pólo aquático - caíram na água.[5] Orlando competiu nos 100 metros livre, ficando em sexto na 4a. bateria,[6]enquanto Ângelo disputou os 200 metros peito, ficando em terceiro da 2a. bateria com o tempo de 1m22s0.[7] Ambos foram eliminados logo na primeira rodada.
A primeira medalha somente seria conquistada 32 anos depois, em Helsinque, na Finlândia.[3] A primeira de ouro viria somente emPequim 2008.[8] Nenhuma mulher ainda alcançou a conquista do pódio. No total foram onze medalhas, sendo uma de ouro, três de prata e sete de bronze para a equipe verde e amarela.
A natação tem em seu histórico o integrante mais jovem de uma delegação brasileira nas Olimpíadas: Talita Rodrigues disputou o revezamento 4x100m livre nos Jogos de 1948, em Londres, quando tinha apenas 13 anos e 347 dias de idade


Ano
Cidade
Atleta
Prova
Medalha
Tetsuo Okamoto (18m51s30[10])
Bronze
Bronze
Bronze
Ricardo Prado (4m18s45[10])
Prata
Prata
Gustavo Borges (1m48s63[10])
Prata
Bronze
Bronze
Bronze
Ouro



Desempenho no Campeonato Mundial

O Brasil conquistou no Mundial de piscina longa, até a edição de 2009, três medalhas de ouro, uma de prata e quatro de bronze. Já no Mundial de piscina curta, foram nove ouros, cinco pratas e sete bronzes.

Os Estilos
Estilos – São quatro: crawl, costas, peito e borboleta. No crawl (ou livre), o peito fica submerso. Um braço é estendido enquanto o outro dá impulso dentro da água. Os pés batem para dar velocidade. No nado costas, o nadador desliza com as costas voltadas para o fundo da piscina, movimentando braços e pés como no crawl. No nado peito, o atleta contrai os braços, dentro da água, próximos das laterais do corpo, junta-os sob o peito e depois os estende a sua frente. As pernas, com os joelhos voltados para fora, são encolhidas e depois estendidas. No nado borboleta, os braços são erguidos simultaneamente para fora da água, imitando os movimentos das asas da borboleta. Quando voltam para a água, são estendidos ao mesmo tempo que o nadador mergulha a cabeça. As pernas, sempre juntas, ajudam a dar impulso.
Muitos ainda entendem como estilos: medley individual (O atleta os quatro estilos na seguinte ordem: borboleta, costas, peito e crawl) e medley por revezamento (Quatro atletas nada um estilo... costas, peito, borboleta e crawl).

Piscinas
Existem duas piscinas consideradas oficiais: a de 25 metros ou semi-olímpica e a de 50 metros ou olímpica.


Competições: Nos Jogos Olímpicos há provas de nado livre nas distâncias de 50, 100, 200, 400, 800m (esta só para mulheres) e 1.500m (só para homens); provas de 100 e 200m, nos nados de costas, peito e golfinho; provas medley (quatro estilos) individuais de 200 e 400m; revezamento 4 x 100 e 4 x 200m (esta só para homens) em nado livre; e revezamento medley 4 x 100m. Fora de competições olímpicas, disputam-se outras três provas de nado livre: 1.500m e revezamento 4 x 200m nado livre (mulheres) e 800m (homens).
Nas provas de nado livre, os nadadores podem escolher qualquer um dos estilos, mas quase sempre optam pelo crawl, por ser o mais rápido. Nos revezamentos medley, cada nadador executa um estilo a cada 100m, na seguinte ordem: costas, peito, golfinho e crawl. A piscina olímpica mede 50 x 22,8m e tem profundidade mínima de 1,98m. É dividida em oito raias, cada uma com 2,5m de largura.
Os nadadores que obtiveram os melhores tempos nas provas de qualificação ficam com as raias centrais. Há juízes para verificar se os estilos são respeitados, se as viradas são executadas da forma correta e para contar o número de voltas realizadas. Qualquer irregularidade desclassifica o nadador. O controle de tempo é feito eletronicamente, com precisão de centésimos de segundo. O sistema de cronometragem começa a funcionar automaticamente ao disparo do juiz e marca o tempo decorrido e as chegadas parciais sempre que os nadadores tocam sensores instalados nas paredes das piscinas.


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